sábado, 29 de outubro de 2016

A VITÓRIA DA VERDADE SOBRE O RELATIVISMO

Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.” (João 18:37-38).
Resultado de imagemO que é a verdade?”, foi a cínica pergunta retórica de Pôncio Pilatos quando confrontado com a verdade, dita pelo próprio messias, o Filho de Deus. Desta forma demonstrou não ser relevante para ele uma verdade que indicava que todo seu poder e prestígio, outorgado a ele pelo império, na verdade seria passageiro em contraste com o reino eterno de Cristo. Pilatos preferiu ignorar e relativizar a verdade, baseado no poder terreno que ele representava. Certamente em sua mente estava esta convicção: “Que relação tenho eu com esta verdade? O que interessa é o poder que eu represento, se esse homem não traz algo visível e palpável, seu reino é irrelevante para o bem ou para o mal.”. Bem como seu lavar de mãos indica sua omissão quanto às consequências do reconhecimento ou não da verdade. Tudo que ele queria era manter-se neutro para não ter problemas com a multidão alvoroçada, assim ele poderia manter-se em harmonia com o mundo ao seu redor.
O que é a verdade?”, esta é a pergunta cínica feita por aqueles que se dizem súditos deste reino eterno! Para estes a verdade não importa, o que de fato tem valor é o sucesso! Querem resultados, e a verdade de Deus só é relevante enquanto desenvolvem seus impérios pessoais! A igreja deseja crescer, ajuntar pessoas em torno daquilo que ela chama de verdade. Ela, porém, sente-se incomodada, confrontada quando o mundo diz: “não há verdade absoluta!” (Incoerência que já se coloca como verdade absoluta) à tal postura damos o nome de Relativismo. Porém esta forma de pensar não fundamenta apenas a defesa do mundo contra o “evangelho”, mas também é o pilar de sustentação das novidades do mercado da fé evangélica. De fato a igreja tem sido escrava da ignorância relativista! O que de fato representa  o relativismo? Pra mim, não é nada mais do que hipocrisia cínica travestida de falsa tolerância! (1ª Timóteo 4:1-2)
Da mesma forma que Pilatos, hoje, grande parte da igreja, dita de Cristo, ignora a verdade, como algo irrelevante para sua relação com as multidões e com o mundo. O que há de relevante é aquilo que traz o resultado de aumentar o número de pessoas do mundo que se filam ao cube social que se chama hoje de igreja, que de cristã e seguidora de Jesus só tem o nome, porém quanto à observância da sã doutrina, deixam bem claro ser desnecessário.
Dizem: “para que doutrina? A letra da doutrina mata, basta-nos Jesus que é a verdade”(João 10:10), essa é a sua falácia. O que significa Jesus dizer que Ele é a verdade? Você pode conceber uma pessoa sem seus pensamentos e palavras? Da mesma forma é Jesus como a nossa verdade! Conhecê-lo e relacionar-se com ele não implica apenas em desenvolver sentimentos por ele, muito mais do que isso é um relacionamento entre mestre e discípulo, o que implica em aprendizado, crescer em conhecimento da verdade enquanto doutrina e ciência. Nosso Deus é aquele que é rico em ciência, não em ciência humana, falível e corrupta, mas em conhecimento e sabedoria perfeitos (Romanos 11:33). Ter Jesus como a verdade, é tê-lo em sua totalidade! Não apenas em sentimento, mas em conhecimento!
Diante disso, sim, a verdade está sob ataque, e como servos de Deus devemos defender a verdade do evangelho (Filipenses 1:16). Esta foi a atitude dos reformadores protestantes, esta deve ser nossa atitude em uma reforma que é tão necessária hoje quanto à 499 anos atrás. Devemos ter em  mente a mesma convicção que tinha Martinho Lutero quando disse: “a paz de possível, a verdade a qualquer custo!”. Ou do reformador João Calvino: “O cão late quando seu dono é atacado. Eu seria um covarde se visse a verdade divina ser atacada e continuasse em silêncio, sem dizer nada.”. Sim, defender a verdade muitas vezes implicará em separação (Tito 3:10), porque não podemos nos manter unidos com aqueles que militam contra a verdade de Cristo! Essa foi ação da reforma, levantar o estandarte da verdade, denunciando a escravidão da mentira promovida por aqueles que eram movidos por sórdida ganancia (Tito 1:11). É disso que precisamos hoje, cristãos dispostos a se posicionarem a favor da verdade das Sagradas Escrituras doa a quem doer (2ª Timóteo 4:1-4)! Isso é atitude de reforma, a ser posta em prática por aqueles que diariamente já são reformados pela renovação da sua mente em Cristo Jesus, não fomos chamados para viver como Pilatos em harmonia com o mundo, antes somos ordenados por Deus à inconformidade (Romanos 12:1-2).

Sola scriptura!
Alisson Lopes

Leia o segundo texto desta série comemorativa dá reforma protestante: https://reformaemacao.blogspot.com.br/2016/11/reforma-despertar-em-meio-as-trevas.html?m=1

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