“Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei?
Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao
mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a
minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos
judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.” (João 18:37-38).

“O que é a verdade?”, esta é a pergunta
cínica feita por aqueles que se dizem súditos deste reino eterno! Para estes a
verdade não importa, o que de fato tem valor é o sucesso! Querem resultados, e
a verdade de Deus só é relevante enquanto desenvolvem seus impérios pessoais! A
igreja deseja crescer, ajuntar pessoas em torno daquilo que ela chama de
verdade. Ela, porém, sente-se incomodada, confrontada quando o mundo diz: “não há verdade absoluta!” (Incoerência
que já se coloca como verdade absoluta) à tal postura damos o nome de
Relativismo. Porém esta forma de pensar não fundamenta apenas a defesa do mundo
contra o “evangelho”, mas também é o pilar de sustentação das novidades do
mercado da fé evangélica. De fato a
igreja tem sido escrava da ignorância relativista! O que de fato
representa o relativismo? Pra mim, não é
nada mais do que hipocrisia cínica travestida de falsa tolerância! (1ª
Timóteo 4:1-2)
Da mesma
forma que Pilatos, hoje, grande parte da igreja, dita de Cristo, ignora a verdade, como algo irrelevante para
sua relação com as multidões e com o mundo. O que há de relevante é aquilo que
traz o resultado de aumentar o número de pessoas do mundo que se filam ao cube
social que se chama hoje de igreja, que de cristã e seguidora de Jesus só tem o
nome, porém quanto à observância da sã doutrina, deixam bem claro ser
desnecessário.
Dizem: “para que doutrina? A letra da doutrina mata,
basta-nos Jesus que é a verdade”(João 10:10), essa é a sua falácia. O que
significa Jesus dizer que Ele é a verdade? Você pode conceber uma pessoa sem
seus pensamentos e palavras? Da mesma forma é Jesus como a nossa verdade! Conhecê-lo
e relacionar-se com ele não implica apenas em desenvolver sentimentos por ele,
muito mais do que isso é um relacionamento entre mestre e discípulo, o que implica
em aprendizado, crescer em conhecimento da verdade enquanto doutrina e ciência.
Nosso Deus é aquele que é rico em ciência, não em ciência humana, falível e
corrupta, mas em conhecimento e sabedoria perfeitos (Romanos 11:33). Ter Jesus como a verdade, é tê-lo em sua
totalidade! Não apenas em sentimento, mas em conhecimento!
Diante
disso, sim, a verdade está sob ataque, e como servos de Deus devemos defender a
verdade do evangelho (Filipenses 1:16).
Esta foi a atitude dos reformadores protestantes, esta deve ser nossa atitude
em uma reforma que é tão necessária hoje quanto à 499 anos atrás. Devemos ter
em mente a mesma convicção que tinha
Martinho Lutero quando disse: “a paz de
possível, a verdade a qualquer custo!”. Ou do reformador João Calvino: “O cão late quando seu dono é atacado. Eu
seria um covarde se visse a verdade divina ser atacada e continuasse em
silêncio, sem dizer nada.”. Sim, defender a verdade muitas vezes implicará
em separação (Tito 3:10), porque não
podemos nos manter unidos com aqueles que militam contra a verdade de Cristo!
Essa foi ação da reforma, levantar o estandarte da verdade, denunciando a
escravidão da mentira promovida por aqueles que eram movidos por sórdida ganancia
(Tito 1:11). É disso que precisamos
hoje, cristãos dispostos a se posicionarem a favor da verdade das Sagradas
Escrituras doa a quem doer (2ª Timóteo
4:1-4)! Isso é atitude de reforma, a ser posta em prática por aqueles que
diariamente já são reformados pela renovação da sua mente em Cristo Jesus, não
fomos chamados para viver como Pilatos em harmonia com o mundo, antes somos
ordenados por Deus à inconformidade (Romanos
12:1-2).
Sola scriptura!
Alisson Lopes
Leia o segundo texto desta série comemorativa dá reforma protestante: https://reformaemacao.blogspot.com.br/2016/11/reforma-despertar-em-meio-as-trevas.html?m=1
Leia o segundo texto desta série comemorativa dá reforma protestante: https://reformaemacao.blogspot.com.br/2016/11/reforma-despertar-em-meio-as-trevas.html?m=1
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