"Vi também a cidade santa, a nova
Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada
para o seu esposo. [...] Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me
transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a
santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a
glória de Deus."
(Apocalipse 21:2,9-10)

Dessa forma quando ouvimos alguém
pregar sobre vigilância, esperança na eternidade, sobre a volta de Cristo,
arrebatamento, sobre os novos céu e terra, nós que somos contra a teologia da
prosperidade temos a tendência de ficar bem animados.
Mas será mesmo se ao falarmos e
escutarmos sobre a volta de Cristo, sempre, de fato estaremos falando ou
escutando estes fatos sob a perspectiva do Evangelho? Digo, será se mesmo no
momento em que se ensina Escatologia,
não se está ainda alimentando uma esperança meramente material quanto à
eternidade?
Qual a ênfase quando se fala sobre a
Nova Jerusalém? A ênfase está nos materiais que compõe a Santa Cidade da qual
estamos falando: ouro, prata e pedras preciosas! Sim, esta tem sido a nossa
esperança para eternidade, ansiamos ver ruas de ouro, as mansões celestiais, as
praças adornadas com pedras preciosa. Além disso, por que não ter nossa própria
coroa de ouro?
Na verdade o que se faz quando este
trecho da escritura é lido e ensinado, é nada mais do que forçar ou intrometer na
interpretação do texto, nossos próprios desejos terrenos por poder e riqueza! O
que se tem ensinado acerca da Nova Jerusalém, de que ela será uma cidade
literal, é nada mais do que um reflexo da nossa corrupção, onde em nossa mente
totalmente depravada afogamos o que há de mais importante no evangelho, em uma
mentalidade inundada por ganancia.
Essa maravilhosa cidade, revelada
por Deus, por meio de João no livro de Apocalipse, é muito mais do que este
mesmo ouro, prata e pedras preciosas que podemos encontrar nesta velha terra.
Ela na verdade representa a maravilhosa obra que Deus completará em Seu povo: a
obra de santificação!
Na verdade não é necessário muito
esforço para perceber que a Nova Jerusalém é chamada da mesma forma que a
Igreja. Vemos isso muito claramente no versículo 2. Mais adiante no versículo 9,
o anjo convoca João para contemplar a “noiva, a esposa do cordeiro”, em seguida
como resultado do convite, ele contempla a Nova Jerusalém. Assim, podemos saber
que na verdade, o mais importante de que esta revelação trata, é do resultado
ao qual Deus fará Sua amada Igreja chegar: demonstrar Sua glória e santidade em
meio ao novo céu e nova terra!
Por
que João então nos dá detalhes tão contundentes dos materiais preciosos que
compõe a cidade santa? O fato é que a glória do resultado da obra de Deus é tão
magnifico, que o observador, e transmissor da visão, não encontra palavras
adequadas (e nem seria capaz) para descrever exatamente o que viu. Então ele
procura em nossa linguagem humana aquilo que há de mais precioso, para ilustrar
o tamanho da riqueza da obra final de Deus. Por que estamos preocupados em ter
nos céus coisas que o tempo e a ferrugem correm, como ouro e outros materiais
para nós preciosos? Por que não nos apegamos ao fato de que a santidade é o
atributo de Deus mais valioso, e que a santificação é uma obra muito mais rica
do que construir uma cidade de ouro literal?
O
que pode nos custar mais do que a santidade? Ouro, prata e pedras preciosas?
Nada! Pois é o pecado, ou seja, justamente a falta de santidade faz separação
entre o gênero humano e Deus! Que Ele revele ao nosso coração, a realidade da
esperança de viver eternamente e em santidade ao Seu lado! Que esse desejo nos
consuma por inteiro, ao sermos encontrados íntegros em sua volta!
Soli
Deo glória!
Alisson Lopes
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