“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém
disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se
um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento
cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e
fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito
disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está
morta.” (Tiago 2.14-17)
A demonstração da fé foi reduzida à prática do
que chamam hoje de “oração da fé” por
aqueles que se dizem profetas, mensageiros que trazem as bênçãos de Deus.
Do outro lado da moeda, Tiago nos exorta que não
basta dar aquilo que chamamos de palavra de alento, conforto ou encorajamento.
É necessário demonstrar fé, e fé no contexto e no sentido em que o autor nos
fala é aquela que nos leva a agir, não apenas anunciar, falar, declarar, que
Deus entregará aquilo que a pessoa necessita. Antes, é aquela que nos faz
ofertar dos nossos bens aquilo que for preciso para suprir as necessidades
daquele que está em condição miserável.
Mas o que vemos em nossos templos e púlpitos? As
congregações estão lotadas de pessoas em situação de miséria, tribulação,
enfermidade e tudo mais que pode afligir a cristãos e incrédulos. Porém aqueles
que deveriam trazer-lhes a Palavra de Deus e a demonstração prática de fé, não
penas deixam de entregar a verdadeira mensagem de Deus e de ofertar aquilo que
pode aliviar mesmo que temporariamente a aflição, antes estes mercenários
disfarçados de profetas exigem que o povo miserável sacrifique até aquilo que
não tem para barganhar com Deus e Dele receber no futuro aquilo que é
necessário para viver.
Este pecado vai muito além de simplesmente dizer:
“Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos sem,
contudo, lhes dar o necessário para o corpo”. Isso
demonstra que esta geração de servos abandonou a fé verdadeira, viva, e abraçou
a fé morta, que deseja para si o melhor, sem exercer o maior de todos os dons:
o amor. Ora, sabemos que aquele que não ama, demonstra que não conhece de fato
a Deus. Estaria esta geração salva, se a fé pela qual confessaram a Cristo, foi
do mesmo tipo dessa fé que usam para segundo eles consolar o aflito?
Diante disso deixo um questionamento: porque ao
invés de mandar as pessoas terem fé para receber, nós mesmos não exercitamos
nossa própria fé entregando a elas aquilo que precisam, crendo que Deus nos
suprirá com o necessário?
Exerçamos nós, primeiramente a fé, então o mundo
verá o significado da genuína fé cristã, que não lucra com a ingenuidade do
pobre, mas que é capaz de sacrificar por amor e pelo avanço do evangelho,
aquilo que não é nosso maior tesouro: nossos bens materiais.
Reflita e arrependa-se.
Soli Deo Gloria
Alisson Lopes
Alisson, acho que a "fé" que se vê hoje vai mais além do simples descumprimento da fé prática demonstrada por Tiago. Hoje, vemos nossa fé condicionada ao ambiente que estamos, se estamos numa igreja no domingo a noite temos fé. No entanto, se estamos num sábado a tarde com alguns amigos que não partilham da mesma fé, a mesma se amortece em nós. Precisamos vivenciar a fé prática de Tiago para que o maior dos dons seja a nossa principal marca.
ResponderExcluirVerdade, você atentou para um aspecto importante do desvio da prática da vida cristã.
ExcluirO evangelho, se tocou de fato nossa vida, traz transformação em sua integridade, não para determinados momentos, poque não somos feitos filhos de Deus temporariamente, mas para a eternidade.
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